Maurício Pacheco Moreira - Arte, poesia e Rock
Faça o que quiser desde que não faça mal a ninguém
Textos
Eniada
Como as pedras reluzentes do rei Jade
Teu encanto é mil vil auroras
Carrego em mim, tantas jardas que enublece outroras
Meus bolsos furados inoperantes nessa glória
Como areia que esvai por entre os dedos
Sou jaz fulgaz desamante
Enquanto o desalento verme corrói minha alma
Futuro, passado brilhante,
Fulgura miragem evapora.
Já agora a vida é cinema-mudo
E castigo é o silêncio ultrassonora
Inquietante acidez cardíaca
Penumbra ocular indesejada
Dos teus passos rumo a porta.
Aflito marujo destas águas já vistes
Calmas à navegar
Beijando seu leme profundo
Desbravando oceanos obscuros
Agora assiste a tudo naufragar.
Tempestade impiedosa esmagadora
Se afoga em desoladoras ondas
Clamavas de casa na canção
Teu abrigo sucumbiu o teu leito
Como uma adaga cravada no peito
Condenou teu coração.
Tantas frases vagavam sem léu
Erradicantes luziam no céu
Dessas histórias nas estantes
Velhas memórias, sem destino algum.
Maurício Pacheco Moreira
Enviado por Maurício Pacheco Moreira em 24/10/2023
Comentários
Site do Escritor criado por Recanto das Letras